Resenha: O Presente

 Todos os dias, Lou Suffern luta contra o tempo. Ele tem sempre dois lugares para ir, tem sempre duas coisas a fazer. Quando dorme, sonha com os planos do dia seguinte, e, quando está em casa, com a esposa e os filhos, sua mente está, invariavelmente, em outro lugar. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou fica muito intrigado com as informações que recebe de Gabe; informações de alguém que tem observado uniões improváveis entre os colegas de trabalho de Lou, como os encontros da moça de sapatos Loubotin com o rapaz de sapatos pretos... Ansioso por saber de tudo e por manter o controle sobre tudo, Lou entende que seria bom ter Gabe por perto — para ajudá-lo a desmascarar associações que se formam fora de suas vistas — e lhe oferece um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.

O livro tem a capa mais linda que já vi, e as folhas todas decoradas, as letras são de tamanho excelente e a escrita da autora nos faz viajar e presenciar cada cena descrita, torcer com todas as forças por um personagem que nem sabíamos que existia. Simplesmente perfeito. 320 páginas que ensina e emociona.

Lou acaba de dar um emprego a Gabe, um morador de rua que fica todos os dias em frente ao prédio onde ele trabalha. Ele nunca havia prestado atenção a esse homem até esse dia, quando sentiu uma enorme vontade de dar um copo de café para ele, e assim começam a conversar, e Lou decide que quer dar uma chance para que Gabe saia das ruas.

Lou não está acostumado a dar atenção à estranhos. Sempre está correndo com suas roupas caras e seu carro de marca, sempre muito ocupado com seu serviço e mostrar para todos que é muito bom no que faz.

“... a vida estava lhe dizendo que estava preparada para ensinar. Ele não sabia que não era o caso de apertar alguns botões e, repentinamente, saber de tudo; não sabia que os botões a serem apertados estavam nele mesmo. Lou Suffern achava que sabia de tudo. Mas estava apenas começando a arranhar a superfície.”

Mas neste dia de Dezembro, muito próximo do Natal, um espírito Natalino o toca e faz com que Lou perca um minuto de seu precioso tempo para conversar com aquele homem de olhar inteligente que mora nas ruas.

Muitos personagens que não parecem ser importantes, mas no fim da história quando começamos a entender o sentido da história, vemos que eles fazem toda a diferença. Ficamos tentando entender o que aconteceu com Lou o passado, e não prestamos atenção, mas quando tudo começa a se resolver, nós vemos que aquela pessoa fez toda a diferença.

O livro é lindo e com certeza é de se emocionar, um presente de Natal que eu só consegui colocar agora para vocês aqui no blog, porque após terminar de ler, logo veio  Natal e tive que respirar fundo e ver que precisamos parar e pensar nos valores da vida, não valor de dinheiro e etc, mas no valor da família e nas pessoas que as vezes passamos sem olhar e a única coisa que a pessoa gostaria era de um sorriso ou uma palavra de carinho.

O Natal já passou, mas ainda sinto o espírito de Natal no ar, será que você pode ajudar alguém que está precisando?