Resenha: Corações Feridos

Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
ISBN: 9788581630441
Publicação: 2013

Sinopse

Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, mas muito diferentes. Enquanto Hephzi é linda e voluntariosa, Reb sofre da Síndrome de Treacher Collins — que deformou enormemente seu rosto — e é mais cuidadosa. Apesar de suas diferenças, as garotas são como quaisquer irmãs: implicam uma com a outra, mas se amam e se defendem. E também guardam um segredo terrível como só irmãos conseguem guardar. Um segredo que esconde o que acontece quando seu pai, um religioso fanático, tranca a porta de casa. No entanto, quando a ousada Hephzibah começa a vislumbrar a possibilidade de escapar da opressão em que vive, os segredos que rondam sua família cobram-lhe um preço alto: seu trágico fim. E só Rebecca, que esteve o tempo todo ao lado da irmã, sabe a verdadeira causa de sua morte... Hephzi sonhara escapar, mas falhara. Será que Rebecca poderia encontrar, finalmente, a liberdade?

O livro é dividido em antes e depois, o "antes" conta a história no ponto de vista de Hephzibah antes de morrer, e o "depois" é no ponto de vista de Rebecca a irmã que está viva. Cada divisão de capítulo tem um desenho no canto da página como se fossem galhos pequenos. 
O livro é narrado pelas irmãs gêmeas e mostra o ponto de vista de cada uma. São 253 páginas de muita emoção e angústia. A capa e contra capa estão lindas e tem tudo a ver com a história.

                                                                      Enredo

Hephzibah e Rebecca são duas irmãs completamente diferentes, tanto na personalidade como fisicamente, enquanto Hephzi é uma menina com lindas cabelos e um rosto lindo, Rebecca quando bebê sofreu com uma doença chamada Treacher Collins que a deixou desfigurada, com a boca torta, dentes encavalados que não permitem que ela coma de boca fechada e sem fazer barulhos.
Durante toda a vida das irmãs estudaram em casa com seus pais que não permitiam que as garotas frequentassem as escolas como adolescentes normais. Roderick e sua esposa são religiosos fanáticos que usam a fé das pessoas para o bem próprio, usam a religião quando bem entendem.
Quando as garotas entram para o colegial elas conseguem convencer os pais para que ela frequentem o colégio da cidade, Hephzi por ser bonita e comunicativa logo consegue fazer amigos e deixa sua irmã de lado, porque para ela é difícil estar perto da sua irmã em público.
Quando tudo parece estar indo bem para Hephzi alguma coisa acontece e ela morre, e Rebecca tem que lidar sozinha com a escola e com os pais, porque ela sempre soube que apanhou mais que Hephzi, e quando a irmã estava viva elas se apoiavam, mas agora ela estava sozinha.


                                                                         Conclusão

O livro é tenso do começo ao fim, nos deparamos como cruel pode ser um ser humano que não enxerga limites para fazer maldades, mesmo sendo com as próprias filhas. Desde o começo da história a autora nos conta que Hephzi está morta, mas o motivo de sua morte e o que aconteceu só vamos saber no final do livro, ela deixa aquele suspense na história toda, que nos faz querer chegar ao final o mais rápido possível.
O livro inteiro não é fácil de ler (psicologicamente) porque a autora não nos polpa da maldade e das piadas ofensivas que o próprio pai fazia com Rebecca.
Foi muito difícil ler este livro, muito triste e perturbador, saber que as duas irmãs viveram anos de sua vida prisioneiras, com alimentação precária, agressão física e moral, e sem cuidados médicos, porque os pais não permitiam que ninguém chegasse perto das meninas.

É um livro que eu recomendo sim, mas para quem está preparado para uma história que mexe com você do começo ao fim.